terça-feira, 11 de julho de 2017

Você conhece a jufra?






O que é a JUFRA ?
       A JUVENTUDE FRANCISCANA – JUFRA é a fraternidade dos jovens que se sentem chamados pelo Espírito Santo para fazer a experiência da vida cristã à luz da mensagem de São Francisco de Assis, no seio da família franciscana.
       Estes realizam a opção de viver a espiritualidade franciscana de maneira secular, como jovens em amadurecimento de sua vocação como parte da Ordem Franciscana Secular, da qual a JUFRA é uma parte integral.
       “Nós, jovens jufristas, cremos no amor que é a essência da vida, que se exprime de maneira VERTICAL, no relacionamento com Deus, que colocamos acima de tudo, e de maneira HORIZONTAL, no relacionamento dos irmãos de modo especial com os empobrecidos e oprimidos. (1Jo 4, 20-21)” – Manifesto da JUFRA do BRASIL. Assim, JUFRA é a divisão juvenil da Ordem Franciscana Secular, que surgiu em 1950 na Itália. Tendo caráter secular, os integrantes da JUFRA (jufristas), não precisam viver em mosteiros, conventos ou claustros, pois, sua vocação é viver normalmente entre as outras pessoas (ou “no Século”) e, portanto, podem casar e ter filhos. Porém, devem procurar viver em obediência ao Evangelho, como o fez São Francisco de Assis.




       O Papa Sixto V, franciscano da I Ordem, em novembro de 1585, em Assis, instituiu a arquiconfraria dos Cordígeros para adolescentes de 9 a 14 anos de idade. Cordígero é todo aquele que, por devoção, usa o cordão franciscano, costume dos que canonicamente professavam numa das três ordens fundadas por São Francisco de Assis. Os Cordígeros costumavam usá-lo, embora não pertencessem canonicamente a nenhuma destas ordens. Em 1922, Pio XI exortou as crianças a se fazerem Cordígeros e, desta escola, e a se prepararem para ingressar mais tarde na grande família da Ordem Franciscana Secular, vivendo a vida cristã à maneira do jovem Francisco de Assis.
       Na época, os que desejavam ingressar nos Cordígeros, de ambos os sexos, assumiram o compromisso de serem apóstolos no ambiente familiar, colegial e social. O adolescente era levado a assumir compromissos sérios e a usar de meios que o ajudassem a ser fiel às tarefas do Cordígero. Na sua vida, tinha de assumir atitudes concretas que o distinguissem como franciscano, por isso era convidado a ser: alegre, simples, puro, forte, bondoso e generoso.
       Através do movimento dos Cordígeros, as Ordens Primeira (OFM) e Terceira (OFS) visavam envolver os adolescentes e os jovens em uma vida evangélica mais compromissada, sobretudo nessa faixa etária tão bela e ao mesmo tempo importante e delicada. Desse modo profeticamente antecipava os desejos atuais da Igreja quando afirma: “Apresentar aos jovens o Cristo vivo, como único salvador, para que evangelizados, evangelizem e contribuam como em resposta de amor a Cristo, para a libertação integral do homem e da sociedade, lavando uma vida de comunhão e participação” (Puebla, 1166).
       A OFS, com sua experiência com os Cordígeros, sentiu a necessidade de organizar e oferecer algo mais adequado aos adolescentes que iam crescendo no movimento e não podiam ingressar e professar a Ordem por causa da falta de idade canônica e, ao mesmo tempo, permanecer num movimento adolescente.
       “Até 1950, na OFS, os jovens confundiam-se com os adultos no estilo e nas características de vivência no mistério da mesma vocação secular”. Homens e mulheres entravam na Ordem a partir dos 15 anos de idade e todos observavam o mesmo itinerário evangélico do carisma e pastoral da OFS.
       Foi justamente a partir de 1950, no Congresso Internacional de Roma, que os jovens presentes manifestaram o desejo de se organizarem em grupo próprio, em harmonia e sintonia com a psicologia de sua idade, sua maneira de ser, sua aspirações e ao mesmo tempo que respondesse às exigências e às aspirações dos tempos.
       Foi nesse ano que nasceu a JUVENTUDE FRANCISCANA – JUFRA no sentido jurídico. Já antes desse compromisso mundial, houve várias tentativas isoladas, experiências de alguns anos, porém não reconhecidas oficialmente. A partir do Congresso de Roma, a JUFRA foi recebendo organização no âmbito nacional de vários países como: Itália, Espanha, Suíça, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Venezuela e mais tarde também o Brasil.
       Em pouco tempo, torna-se um movimento mundial distinto da OFS, na sua organização e dinâmica de conduzir a descoberta do carisma franciscano no meio dos jovens hoje.
       Mais tarde surgiu a necessidade de incluir no Conselho Internacional da OFS (CIOFS) um representante da JUFRA para facilitar o relacionamento e não perder a perspectiva e os horizontes do carisma franciscano secular que, por via de regra, é essencial e vital para o andamento e caminhada do movimento e, sobretudo, dentro das novas experiências que a JUFRA estava fazendo.







                                                               
                                                                                                                                  
Paz e Bem!

Postagem: Manoel Canizo

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